Plantas daninhas na lavoura de algodão: manejo integrado e melhoramento genético são aliados do produtor

Agricultores enfrentam desafios com plantas daninhas como capim pé de galinha, caruru e vassourinha de botão; especialista dá dicas de como driblar essas ervas e manter a produtividade e a qualidade da fibra da pluma
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que a safra brasileira de algodão em pluma 2025/26 será de aproximadamente 4,9 milhões de toneladas, um novo recorde. O cenário para os produtores também apresenta desafios, como as condições climáticas e o manejo de plantas daninhas, uma das principais ameaças às lavouras, por competirem com o algodão por água, luz e nutrientes e contribuírem para o aumento do banco de sementes no solo.
Liliane Tibolla, Consultora de Desenvolvimento de Produtos da TMG – Tropical Melhoramento & Genética, empresa brasileira especializada em soluções para algodão, soja e milho, explica que entre as mais desafiadoras estão capim pé de galinha (Eleusine indica), caruru (Amaranthus spp.) buva (Conyza spp.) capim amargoso (Digitaria insularis) e vassourinha de botão (Borreria verticillata), especialmente em regiões como o Mato Grosso (MT).
Quando o controle das plantas daninhas não é realizado de forma adequada, a infestação tende a crescer, comprometendo o cultivo nas safras seguintes e impactando diretamente a rentabilidade. “O manejo de plantas daninhas representa entre 15% e 20% do custo total de produção do algodão. Se não for bem conduzido, há aumento das impurezas na pluma e perda de qualidade da fibra, o que reduz o valor do produto”, destaca.
Liliane reforça que o melhoramento genético das cultivares e a escolha adequada da variedade são fundamentais para o manejo eficiente e sustentável. “A seleção da cultivar e biotecnologia empregada deve levar em conta a pressão de plantas daninhas na área e o histórico de manejo. Cada lavoura é um sistema único. Por isso, a combinação entre tecnologia, planejamento e monitoramento constante é o que garante o equilíbrio do sistema produtivo e a qualidade da fibra brasileira”, explica.
O algodoeiro é suscetível a competição com plantas daninhas, especialmente nos primeiros 40 a 60 dias após a emergência, quando a cultura fica mais exposta, o que favorece a incidência de plantas daninhas devido à maior radiação solar incidente direto no solo. Nesse contexto, o uso de tecnologias adequadas ao histórico da área e ao tipo de infestação é determinante.
Liliane explica que o planejamento é determinante, pois permite estabelecer um plano de ação eficiente, que deve começar antes mesmo da semeadura e se estender até a colheita, incluindo o manejo na entressafra, que também merece atenção especial. A combinação de diferentes técnicas para um controle sustentável e de longo prazo ajuda a reduzir o risco de resistência aos herbicidas, por isso a adoção de práticas de manejo integrado e a rotação de produtos com diferentes mecanismos de ação são recomendadas. “O controle nos estágios iniciais de desenvolvimento das plantas daninhas é a melhor estratégia para um manejo eficiente. Com um planejamento bem executado, é possível garantir maior produtividade, proteção da qualidade da fibra e redução dos custos de produção do algodão”, conclui.
Sobre a TMG
A TMG – Tropical Melhoramento e Genética é uma empresa brasileira multiplataforma que conta com um banco de germoplasma premium e atua há mais de 20 anos para oferecer aos produtores rurais soluções genéticas para algodão, soja e milho. Em seu portfólio, estão cultivares e híbridos desenvolvidos com todas as biotecnologias disponíveis no mercado, visando entregar inovação ao campo e contribuir para atender a demanda mundial de grãos e fibras de forma sustentável. A matriz da TMG está localizada em Cambé (PR) e a companhia conta também com uma unidade em Rondonópolis (MT), além de 14 bases de pesquisa e desenvolvimento espalhadas por seis estados, nas principais regiões produtoras brasileiras, com ensaios e experimentos de campo (RS: Passo Fundo e Palmeiras das Missões – PR: Cambé, Marilândia, Campo Mourão – MS: Dourados – MT: Sapezal, Roo-BVP, Sorriso, Campo Verde, Primavera do Leste – GO: Rio Verde, Chapadão do Céu – BA: Luís Eduardo Magalhães). A empresa possui também parceria comercial e cooperação técnica com grandes players do mercado nacional e internacional. Para saber mais, acesse o site.






