Profissionais do setor metroferroviário discutem o Sistema de Três Terras e as Correntes de Fuga

Encontro virtual destacou que a via permanente perfeita para operação comercial é aquela muito bem projetada, construída, conservada e finalizada.

Na última quinta-feira (17), mais de 30 profissionais do setor metroferroviário participaram do webinar “O Sistema de Três Terras (STT) e as Correntes de Fuga”, que foi promovido pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP). O convidado para falar sobre o assunto foi Nelson Rodrigues Alonso Filho, autor do primeiro livro que aborda o STT em todos os seus capítulos.

Em quase meio século trabalhando em áreas da Engenharia Elétrica e de Via Permanente, Filho pôde acumular informações sobre o sistema, o que permitiu a ele elaborar uma contribuição técnica consistente para o setor, com o objetivo de transferir experiências que estimulem iniciativas para melhorias de processos no controle e minimização das correntes de fuga. Para introduzir o assunto junto ao público do Webinar, o especialista iniciou a apresentação dele trazendo uma cronologia da eletrificação de modais no Brasil, destacando que, em 1953, o país contava com 1559 km de vias eletrificadas em corrente contínua.

“Enquanto as ferrovias eletrificadas tinham potencial de crescimento importante, o governo federal priorizava os modais rodoviários para transporte de passageiros e cargas. Isso fez com que as ferrovias, de um modo geral, deixassem de receber os recursos necessários para sua manutenção e expansão”, contextualizou. No entanto, esse cenário contrastava com o forte crescimento populacional da região metropolitana de São Paulo, que demandava um transporte de massa sobre o trilho.

Foi diante deste cenário que a Câmara Municipal da cidade aprovou a criação da Companhia do Metropolitano de São Paulo, dando início às obras do Metrô-SP pela linha 1-Azul, em 1968. “Em setembro de 1974, o trecho Jabaquara a Vila Mariana entrou em operação. Nesta data, também se constituíam os primeiros conhecimentos práticos do funcionamento do STT e a formação de histórico de causas e efeitos das correntes de fuga”, disse Filho.

Na sequência, o autor apresentou a estrutura e funcionamento do STT da Linha-1, incluindo informações sobre captação e retorno de energia, comportamento do sistema completo com circulação das correntes de tração e fuga, perfil das correntes de fuga e como se dá o surgimento delas. Filho compartilhou alguns dos principais responsáveis por este problema, como a falha ou falta de isolação de placas de assentamento em AMV, a falta de manutenção e limpeza das vias; problemas de instalação e montagem do STT e, por fim, instalações em desacordo com o projeto inicial.

Ao finalizar a apresentação, o escritor do livro “O Sistema de Três Terra e as Correntes de Fuga” destacou que, em sua visão, a principal causa dos problemas relacionados às correntes de fugas se dá na falta da Certificação do STT. “Ainda nos falta, a certificação, a melhoria das especificações técnicas e de processos, e o monitoramento contínuo. Na prática, esse modelo perfeito não existe, mas o livro traz algumas propostas do que ainda pode ser feito para contornar a questão”, concluiu.

Após a explanação feita por Filho, os participantes puderam tirar dúvidas sobre o tema. Vale destacar que o encontro foi coordenado pela engenheira Silvia Cristina Silva, Presidente da AEAMESP, e por Alexandro de Freitas Pinto, Vice-presidente de Atividades Técnicas da entidade.

Para assistir ao Webinar na integra, acesse: https://youtu.be/0hsF2FYz-aQ

Fonte:(Assessoria de imprensa)

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