Sensores inteligentes lideram modernização da indústria brasileira na corrida pela eficiência em 2026
Chaves sem fio, dispositivos auto alimentados e sensores fotoelétricos da Telemecanique ampliam a mobilidade, reduzem a manutenção e fortalecem a competitividade das empresas no país

A Indústria 4.0 deve entrar em 2026 ainda mais orientada por dados, conectividade e eficiência energética. Com a maturidade de tecnologias como sensores inteligentes, redes sem fio industriais, edge computing e integração via padrões abertos (OPC UA, MQTT/Sparkplug e IO-Link), a automação deixou de ser diferencial para se tornar condição de competitividade.
O movimento é claro: quem moderniza reduz paradas não planejadas, melhora a rastreabilidade e acelera mudanças de setup; quem adia investimentos perde velocidade de resposta e margem. Para dimensionar o avanço, o mercado brasileiro de Indústria 4.0 movimentou US$ 1,77 bilhão em 2022, após crescer em média 18,8% ao ano entre 2017 e 2022; as projeções apontam salto para US$ 5,62 bilhões até 2028, com ritmo ainda mais acelerado de 21% anuais, segundo dados do Monitor da Indústria 4.0 da IMARC e analisados pelo Observatório Nacional da Indústria, da CNI.
Entre as empresas líderes dessa vanguarda está a Telemecanique, fundada em 1924 na França e hoje referência global em detecção e comutação industrial. A companhia evoluiu com o mercado, levando inteligência ao nível do sensor e garantindo comunicação confiável entre máquinas e processos em diferentes segmentos, da manufatura discreta à intralogística e alimentos e bebidas.

No Brasil, muitas indústrias já têm produtos da Telemecanique em seus parques fabris. “Os produtos da Telemecanique têm sido muito satisfatórios, especialmente pelo retorno que recebemos de clientes no Brasil inteiro”, afirma Marcos Stoppa, diretor da Reymaster Materiais Elétricos, uma das representantes da empresa francesa no país. Segundo ele, a combinação de sensores mais rápidos, dispositivos sem fio auto alimentados e integração simplificada tem encurtado projetos de retrofit e reduzindo custos de manutenção.
Fim de curso wireless e auto alimentado
Entre as tecnologias mais utilizadas no mercado nacional estão os produtos da linha XCMW de chaves de fim de curso sem fio e sem bateria. Esses sensores eletromecânicos detectam o fim de um movimento ou a posição de um objeto. Eles funcionam como um interruptor que é acionado mecanicamente, alterando o estado de contatos elétricos para interromper ou iniciar um circuito. Esse tipo de sensor é amplamente usado em aplicações de automação industrial para controle, segurança e posicionamento de equipamentos, como portões elétricos, elevadores e máquinas industriais.
Também conhecidas como chaves de fim de curso, essa linha ganhou tração em 2024/2025 em aplicações onde o cabeamento encarece a instalação ou limita a mobilidade, como esteiras retráteis, garras em robôs, pontes rolantes, AGVs/AMRs e áreas com partes móveis.
A linha XCMW pode ser montada com vários modelos de cabeçote e que viabilizam retrofit com mínima intervenção no maquinário. Com alcance típico de 100 metros em linha de visada e possibilidade de parear diversos botões e chaves a um único receptor, a solução amplia a liberdade de movimento em máquinas móveis e carrinhos autônomos, simplifica inspeções de posição e reduz o tempo de cabeamento em equipamentos novos.
Além disso, ao eliminar cabos e baterias, os dispositivos reduzem paradas para manutenção, simplificam o comissionamento e favorecem práticas ESG ao evitar descarte de pilhas. “Essa também é uma grande preocupação nos produtos mais avançados: reduzir a geração de lixo e recursos, mantendo a eficiência energética”, diz Stoppa.
O kit plug and play sai de fábrica pareado, encurta a configuração em campo e permite expandir o alcance de transmissão com antenas dedicadas, atendendo layouts amplos. A comunicação é robusta para ambientes industriais e aceita múltiplos transmissores por receptor, facilitando arquiteturas modulares.
Sensores fotoelétricos: velocidade, IO-Link e detecção de materiais desafiadores
Outra solução da francesa Telemecanique cada vez mais utilizada no meio industrial brasileiro são os sensores fotoelétricos da linha XU, que se baseiam em um sistema de transmissão e recepção de feixes de luz, geralmente via LED. Eles são usados na indústria para a detecção de objetos em esteiras transportadoras, como parte de sistemas de segurança detectando a presença de pessoas ou partes do corpo em áreas de risco e interrompendo o funcionamento de máquinas perigosas, controle de nível, portas automáticas, entre outras aplicações.
Quando um objeto intercepta o feixe, ocorre uma redução na intensidade luminosa recebida pelo fototransistor, alterando o estado do sensor e possibilitando uma detecção precisa e rápida. Dependendo do modelo, esses sensores operam com luz infravermelha invisível (ideal para aplicações universais), ultravioleta para identificação de materiais luminescentes ou até luz visível, como vermelho ou verde, para leitura de marcas coloridas com precisão. Em aplicações que exigem maior alcance e foco, o laser vermelho é utilizado. Com uma grande variedade de versões e configurações, a linha XU possibilita selecionar exatamente a solução fotoelétrica necessária para integrar eficiência, confiabilidade e flexibilidade à automação industrial.
“A série XU se destaca pela versatilidade, trazendo funcionalidades como modo difuso, supressão de fundo (BGS), reflexo polarizado, barreira e tecnologias de laser, todas disponíveis nos quatro formatos mais populares do mercado global”, explica o diretor da Reymaster.
Assim, Stoppa é categórico ao alertar o mercado: “Os dados não mentem: quem não investir em automação de alto nível irá perder espaço de mercado. E nós podemos dizer, com base em nossos clientes, que os produtos da Telemecanique realmente trazem um diferencial de mercado”.
Mais informações: www.reymaster.com.br






