Transformação digital na construção civil projeta nova era para obras públicas e privadas

Transformação digital na construção civil projeta nova era para obras públicas e privadas

Metodologia integra todas as etapas da construção, reduz erros, melhora a eficiência operacional e traz novas possibilidades em sustentabilidade e manutenção predial

Transformação digital na construção civil projeta nova era para obras públicas e privadas

A construção civil brasileira está passando por uma revolução silenciosa e altamente tecnológica. Trata-se da consolidação da modelagem BIM (Building Information Modeling) como metodologia central em grandes obras públicas e privadas. Integrar arquitetura, engenharia e execução de obras é o objetivo do uso da ferramenta que permite modelagem tridimensional, simulações virtuais, detecção de interferências e planejamento mais assertivo, reduzindo erros, retrabalhos e desperdícios. Muito além de um modelo 3D, o BIM é hoje uma plataforma de decisão que integra todas as etapas do ciclo de vida de um empreendimento: do projeto à operação.

Segundo a especialista em BIM e Inovação na Construção e Projetos Sustentáveis e Tecnológicos, Larissa Gimenez, a disseminação do BIM no país é considerada estratégica para o futuro da construção civil, ao viabilizar obras mais eficientes, com melhor desempenho técnico e financeiro. Ela afirma que a integração digital em grandes obras de construção civil é realidade nos projetos da Engemon Engenharia & Construção, empresa em que atua como gerente de projetos. “Temos cases de aplicação estratégica e transversal da metodologia BIM como pilar central em projetos de obras complexas como hospitais, datacenters e retrofits, nos quais a precisão técnica e a coordenação entre disciplinas são essenciais”, comentou a arquiteta.

Com aplicação crescente no Brasil, o BIM permite não só a compatibilização entre disciplinas (estrutura, instalações, arquitetura), mas também a simulação de cenários, controle de insumos, visualização antecipada de interferências, estimativas de custo e prazo mais precisas e, sobretudo, a redução drástica de retrabalhos — um dos grandes gargalos históricos do setor. “O BIM é mais do que uma modelagem tridimensional. É um processo de transformação cultural e tecnológica que promove decisões mais assertivas, evita retrabalhos, antecipa riscos e garante entregas mais sustentáveis”, explica Larissa.

Transformação digital na construção civil projeta nova era para obras públicas e privadas

O BIM na prática

Na fase de operação e manutenção, o BIM avança ainda mais. Por meio dos chamados gêmeos digitais (digital twins), já é possível monitorar em tempo real o desempenho de sistemas prediais, prever falhas e fazer manutenções corretivas e preventivas com base em dados reais.

Outra aplicação relevante está na incorporação do BIM 6D — voltado à sustentabilidade — e do BIM 7D, direcionado à gestão inteligente da operação predial. São camadas adicionais de informação que conectam o modelo da construção a indicadores ambientais e planos operacionais, ampliando a eficiência energética e reduzindo o impacto ambiental das edificações. Em tempos de crise climática e pressão por descarbonização, essa inteligência integrada tem ganhado espaço em projetos com foco ESG.

O avanço do BIM no Brasil também traz desafios: exige profissionais qualificados, cultura de dados, interoperabilidade entre plataformas e, principalmente, compromisso de longo prazo das empresas e do poder público com modelos mais inteligentes e transparentes de planejamento e execução. Mas seu potencial transformador é inegável — e já está reconfigurando a forma como projetamos, construímos e cuidamos dos edifícios.

Premiação BIM Fórum Brasil

Transformação digital na construção civil projeta nova era para obras públicas e privadas

Empresas que internalizaram a metodologia em suas rotinas técnicas e operacionais, integrando setores desde as fases iniciais dos projetos até a execução em campo, já colhem resultados. Com um time dedicado formado por especialistas, a Engemon vem internalizando a metodologia em toda a sua cadeia de valor: dos projetos à operação e manutenção. Por isso, foi reconhecida com o Prêmio BIM 2024 pelo Fórum BIM Brasil, justamente pela atuação integrada da modelagem em todo o ciclo da obra da Faculdade Rudolf Steiner, em São Paulo — da concepção à manutenção.  O uso do BIM foi decisivo para compatibilizar soluções sustentáveis, como telhado verde, ventilação cruzada e uso de energia geotérmica, com a lógica executiva da construção.

 

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