Transmissões automáticas exigem atenção especial ao fluido e à manutenção preventiva
Com a evolução das tecnologias de transmissão, aspectos antes pouco discutidos passaram a ter papel central na performance e na durabilidade dos veículos. Em live promovida pela Valvoline™, referência global em tecnologia de lubrificantes e fluidos automotivos, o especialista Nelson Fernando, da NEO – Beyond Automotive Consulting, parceiro técnico da marca, detalhou o funcionamento das transmissões automáticas convencionais, CVTs e híbridas, além de explicar os riscos do envelhecimento do fluido e a importância da manutenção preventiva.
As transmissões convencionais se baseiam em um conjunto planetário, formado por engrenagens anelar, solares e planetárias, complementado pelo conversor de torque, responsável por transmitir a potência do motor e atuar como embreagem hidráulica. Já as CVTs (Continuously Variable Transmission) operam com duas polias variáveis interligadas por uma correia metálica, ajustando continuamente a relação de marchas para oferecer suavidade nas trocas e eficiência energética. No caso das híbridas, a complexidade aumenta pela integração de motores elétricos dentro da transmissão, o que exige fluidos capazes de suportar altas tensões elétricas e compatibilidade com diferentes materiais — como cobre, alumínio, plásticos e verniz — além de elevada capacidade de dissipação de calor.
Segundo Nelson, o fluido da transmissão cumpre funções críticas: lubrificação, transferência de potência, refrigeração, limpeza e proteção contra desgaste. Sob alta pressão e temperatura, sofre degradação com o tempo, o que pode gerar:
- Verniz nos discos, eliminando o efeito esponja e causando trepidação e patinação.
- Formação de borras, que obstruem passagens e filtros.
- Partículas metálicas, que aceleram o desgaste de válvulas, bombas e rolamentos.
A temperatura é o maior inimigo da transmissão e quanto antes a manutenção preventiva for realizada, maior será a vida útil do conjunto. A troca deve ser sempre preventiva, nunca corretiva, sendo recomendada entre 40 mil e 60 mil km, ou no máximo a cada 40 mil km no caso das transmissões CVT. Em condições severas, como trânsito intenso, temperaturas elevadas ou poeira em excesso, o intervalo deve ser reduzido pela metade ou considerado pelo tempo de uso, já que muitas horas de funcionamento em marcha lenta não aparecem no hodômetro, mas comprometem o fluido da mesma forma.
Outro ponto de atenção destacado é que, quando o motor sofre superaquecimento, o fluido da transmissão também é afetado. Se não houver substituição imediata, o risco é de comprometimento precoce do câmbio, mesmo após poucos milhares de quilômetros.
Quanto aos procedimentos de troca, a substituição parcial por gravidade remove apenas cerca de 30% a 40% do fluido, deixando parte do óleo degradado circulando. Já a substituição completa, feita com máquina (flush), permite a renovação integral, desde que realizada por técnico qualificado, com o sistema em funcionamento e as marchas sendo aplicadas. Nelson ressalta ainda que a verificação do nível, hoje feita sem vareta, deve ser realizada com scanner e na temperatura correta, em torno de 60 °C, para garantir precisão.
A Valvoline conta em seu portfólio com Valvoline™ MaxLife ATF DEX/MERC CVT, lançado no Brasil em 2022, que atende tecnicamente cerca de 95% da frota nacional, incluindo transmissões automáticas de quatro a nove marchas e que já ultrapassou a marca de meio milhão de litros comercializados. Desenvolvido com tecnologia própria e submetido a rigorosos testes de performance, o produto vem se consolidando como referência entre distribuidores e aplicadores, unindo eficiência, durabilidade e facilidade de aplicação. Sua formulação de alto desempenho garante trocas suaves, estabilidade térmica, economia de combustível e proteção contra desgaste, resíduos e falhas prematuras.
Como complemento à sua estratégia de apoio técnico, a Valvoline também disponibiliza no Brasil o aplicativo Valvoline Buscador de Óleo, uma plataforma gratuita para Android e iOS que facilita a identificação do lubrificante ideal de acordo com a placa, marca ou modelo do veículo. A ferramenta contempla toda a frota nacional e garante recomendações atualizadas e seguras, promovendo mais autonomia tanto para profissionais de oficinas quanto para motoristas que buscam ampliar a vida útil de seus veículos.