Vports viabiliza retirada do navio Iron Trader do Cais de Capuaba, no Espírito Santo
A embarcação, que está há cerca de 10 anos atracada no Complexo Portuário de Vitória, tem previsão de deixar o porto a partir de amanhã (17/04)
Após um trabalho multidisciplinar, conduzido pela Vports, o navio Iron Trader, que está há cerca de 10 anos atracado no Complexo Portuário de Vitória, deixará o berço 902 do Cais de Capuaba, em Vila Velha. A saída da embarcação está programada para ocorrer a partir de amanhã (17/04), de acordo com as condições de mar e vento, nos locais de origem e destino. A operação será acompanhada por rebocadores até o seu destino final, no complexo portuário de Itajaí, em Santa Catarina.
Segundo o diretor de Infraestrutura e Operações da Vports, Alsimar Damasceno, depois de um acordo com a empresa que adquiriu o navio em um leilão, para dar celeridade à retirada, a Vports passou a atuar ativamente para que o Iron Trader deixasse o porto, em uma operação que envolveu aspectos legais, técnicos e estruturais.
“O trabalho foi realizado em três etapas, sendo a primeira a de contratação de empresa especializada para realizar inspeção técnica e levantar as deficiências da embarcação, com foco na rebocagem. Na segunda etapa, foram corrigidas anomalias e, na terceira fase, montou-se um plano de reboque, aprovado pela Marinha do Brasil”, destaca Alsimar.
O coordenador de Serviço de Tráfego de Embarcações da Vports, Agostinho Sobral, detalha como será a operação. “Quatro rebocadores vão atuar na retirada e na manobra do navio, fazendo o acompanhamento até a saída do canal do Porto de Vitória. A partir daí, a viagem até o porto de Itajaí, prevista para durar sete dias, seguirá com dois rebocadores, um deles na frente, efetivamente “puxando” o Iron Trader, e o outro, na retaguarda, fazendo o apoio e monitoramento”, explica ele.
Do ponto de vista da estrutura, o navio foi preparado para a “viagem” e não levará nenhum passageiro, carga ou qualquer tipo de combustível, minimizando riscos. “Teremos o que chamamos de ‘tow master’, um comandante especializado contratado para a função, que será o líder da operação de reboque do início ao fim da travessia”, completa Agostinho.
Segundo ele, também foram contratados um serviço de acompanhamento meteoceonográfico para informar as condições climáticas e de navegabilidade em tempo real ao grupo e um seguro marítimo especializado.
“Tudo está sendo feito com muito cuidado, cumprindo rigorosamente as normas marítimas – nacionais e internacionais – junto aos órgãos competentes. A velocidade de navegação, por exemplo, será de quatro nós, o que equivale a menos de 8 quilômetros por hora. Trata-se de um grande marco para a Vports, considerando que, a partir de agora, todo o potencial do berço 902 poderá ser aproveitado, trazendo mais desenvolvimento econômico para o porto e o nosso Estado”, destaca Alsimar.
Com a retirada do navio, a expectativa da Vports é vocacionar o berço 902, que passará por obras de revitalização, com potencial para viabilizar o aumento do escoamento de cargas já movimentadas por exploradores da Vports.