A ciência da gota: erros nas aplicações agrícolas podem ser a gota d’águano bolso do produtor rural
Especialistas explicam como decisões técnicas mais precisas podem aumentar a eficiência no campo, reduzir custos e minimizar impactos ambientais
Em um cenário em que produtividade e sustentabilidade caminham lado a lado, a chamada “ciência da gota” vem ganhando destaque como ferramenta estratégica para o produtor rural. Esta ciência estuda o comportamento das gotas produzidas durante a pulverização – seu tamanho, velocidade, dispersão e interação com o ambiente – e mostra que a eficiência de uma aplicação agrícola depende diretamente da qualidade das gotas: elementos minúsculos, mas fundamentais para o sucesso da lavoura.
O tema, de grande relevância neste início de safra, foi discutido no mais recente episódio do Conexão Conceito, programa criado pelo Grupo Conceito para debater tendências e desafios do agronegócio. De acordo com Thiago Clemente, especialista em Tecnologia de Aplicação da Conceito Agrícola, que participou desta edição ao lado de Renan Opuchkevitch, consultor em Tecnologia de Aplicação, dominar esses detalhes técnicos é essencial. “Gotas muito grandes podem escorrer da planta ou atingir o solo sem alcançar o alvo. Já gotas muito pequenas são mais suscetíveis à deriva, ou seja, podem ser levadas pelo vento para fora da área desejada. Quando a pulverização não é adequada, o produtor pode literalmente ver seu investimento ir embora em forma de gotas levadas pelo vento ou escorrendo para o solo”, afirma.
A tecnologia de aplicação está diretamente relacionada à forma como os produtos são distribuídos sobre as plantas ou o solo, possibilitando que cheguem ao alvo correto, na dose ideal e no momento certo. Isso envolve desde a escolha adequada de bicos pulverizadores, volume de calda e pressão, até o uso de sistemas digitais e sensores capazes de monitorar as condições ambientais em tempo real.
Quando aplicada de forma eficiente, essa tecnologia proporciona diversas vantagens: maior aproveitamento dos insumos, com redução de desperdícios e aumento do retorno sobre o investimento; melhor controle de pragas, doenças e plantas daninhas, elevando o potencial produtivo das lavouras; diminuição do impacto ambiental ao evitar aplicações desnecessárias ou em excesso; mais segurança operacional; além de decisões mais assertivas, apoiadas em dados técnicos e mapas de aplicação.
Para Clemente, ainda é comum observar grandes prejuízos no campo devido à falta de atenção à ciência da gota, como incompatibilidade de misturas, resíduos em equipamentos, riscos de contaminação de pessoas e do ambiente, além do desperdício de produtos. Para auxiliar o agricultor nesse desafio, a Conceito Agrícola passou a oferecer o serviço Solução Escudo, que presta todo o suporte necessário em inteligência de aplicação ao longo da safra, o que engloba serviços técnicos especializados, pontas de pulverização e produtos de alta qualidade. Trabalhos da UNESP (Universidade Estadual Paulista) indicam perdas de 20% a mais de 50% decorrentes de práticas inadequadas na aplicação no Brasil, um prejuízo em torno de US$ 2 bilhões anuais.
“Quando o produtor entende a ciência da gota e utiliza as ferramentas certas, ele não apenas economiza insumos e aumenta a eficiência da lavoura, como também contribui para a sustentabilidade do sistema agrícola, reduzindo impactos ambientais e aumentando a segurança da operação”, reforça Clemente. O episódio completo sobre o tema, com todas as dicas dos especialistas, já está disponível neste link.
