Existe momento certo para comprar energia no mercado livre?
Empresas interessadas em migrar para o setor devem analisar fatores como prazo de fornecimento e flexibilidade do contrato.
A busca por economia e a flexibilização regulatória, que ocorreu no fim do ano passado, têm atraído cada vez mais empresas para o mercado livre de energia.
Nos primeiros cinco meses de 2024, 8.936 unidades consumidoras migraram para o setor, como apontam os dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O número é 21% maior do que o registrado em 2023 e ressalta o crescimento contínuo do mercado livre.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), cerca de 23 mil empresas indicaram às distribuidoras locais que pretendem realizar a portabilidade para o mercado livre ainda neste ano. Por isso, o setor deve continuar registrando crescimento nos próximos meses.
“O mercado livre de energia sempre foi vantajoso para os clientes. No entanto, até dezembro do ano passado só estava disponível para os consumidores do segmento industrial, o que mudou em janeiro, com a abertura regulatória do setor. Agora, todas as empresas do grupo A (grupo de empresas que estão conectadas à alta tensão), que gastam R$8 mil por mês ou mais na conta de luz, podem realizar a portabilidade. Além de preços mais baixos, o setor oferece benefícios como estrutura regulatória sólida, acesso à energia de fontes renováveis, sem a necessidade de grandes investimentos, e liberdade para escolher o fornecedor mais adequado para o tipo de negócio”, explica Alan Henn, CEO e fundador da Voltera, comercializadora que atende pequenas e médias empresas em todo o Brasil.
Mas como é feita a compra de energia neste setor? Existe momento certo para isso?
Entre as companhias que desejam migrar para o mercado livre, a principal dúvida é: existe momento certo para comprar energia no mercado livre? De acordo com profissionais do ramo, a resposta é: sim.
“Antes de mais nada, é preciso analisar alguns fatores, que podem fazer a diferença na hora de economizar. A migração para o mercado livre tem que ser realizada de maneira estratégica para maximizar os benefícios que são oferecidos”, afirma Alan Henn.
Segundo o especialista, entre os aspectos que precisam ser analisados com atenção estão: condições climáticas, tipo de energia consumida e necessidades específicas do negócio.
O preço da energia elétrica pode variar de acordo com a quantidade de chuvas, acima ou abaixo da média histórica, nível de água nos reservatórios, demanda atual de energia e produção de usinas eólicas e solares.
“Quando falamos de condições climáticas, é importante ressaltar que no período úmido, que ocorre de outubro a abril, o reabastecimento dos principais reservatórios das hidrelétricas ajuda a deixar os preços mais baixos. Outros fatores como prazo de fornecimento, flexibilidade dos contratos e tipos de fonte de energia também precisam ser analisados pelas empresas que desejam realizar a portabilidade”, destaca Alan Henn.
Gigante do setor de suprimentos para escritório migrou para o mercado livre de energia
A Kalunga, maior empresa brasileira distribuidora de suprimentos para informática e escritório, migrou para o mercado livre de energia em 2023, após analisar cuidadosamente o setor. A companhia, que possui lojas em 20 estados e no Distrito Federal, contou com o apoio da comercializadora Voltera para realizar a portabilidade.
“Para essa transição, nossa equipe realizou uma análise detalhada do perfil de consumo da Kalunga e implementou estratégias de gestão focadas em maximizar a eficiência e os benefícios financeiros”, detalha Alan Henn.
Com a migração, a Kalunga passou a contar com uma plataforma digital de gestão energética, que oferece acesso rápido a todos os dados de consumo, economia gerada e emissões de CO2, além de relatórios relevantes sobre sua operação.
“Estamos muito satisfeitos com a Voltera. Desde o primeiro momento até a migração da última loja, tudo foi feito com muito profissionalismo e transparência. Com a plataforma de gestão, podemos acompanhar a economia em cada loja e em todo o grupo, possibilitando uma otimização ainda maior nos custos com energia”, afirma a Kalunga em comunicado.
Para Alan Henn, CEO e fundador da Voltera, o trabalho com a Kalunga mostra como a portabilidade para o mercado livre de energia e uma plataforma inteligente podem transformar os processos nas empresas. “Com nossas soluções personalizadas e tecnologia avançada, ajudamos a Kalunga a alcançar uma economia substancial e a integrar práticas sustentáveis em suas operações. A Voltera está pronta para ajudar outras empresas a migrarem para o mercado livre de energia, proporcionando economia na conta de luz e um avanço significativo em sustentabilidade”, conclui.