Conferência internacional debate futuro da energia hidrelétrica em mercados competitivos

Conferência internacional debate futuro da energia hidrelétrica em mercados competitivos

Conferência internacional debate futuro da energia hidrelétrica em mercados competitivos

Comentário de Ivo Pugnaloni-

A produção de energia renovável é sempre benéfica e desejável, mas desde que o exagero e a ganancia não elevem sua participação acima de um valor máximo, a partir do qual as fontes ESTÁVEIS e permanentes não consigam mais compensar as faltas de geração das fontes INTERMITENTES.

Se não houverem mais hidrelétricas para operar, elas, que são PERMANENTES e RENOVÁVEIS, quem vai ter que operar à noite, de madrugada ou nos dias nublados serão as termoelétricas movidas a combustíveis fósseis. Que produzem energia 10 vezes mais cara, mais poluente e produzida com óleo e gás importado.

Isso por uma razão muito simples de explicar, até mesmo para um leigo: quando baixa a produção de energia intermitente, devido por exemplo, solar, à chegada de uma frente fria com muita nebulosidade, ou então quando aumenta muito sua geração, devido a fortes ventos, a frequência das redes que normalmente é de 60 Hz, cai muito ou aumenta muito. Isso faz com ela saia da faixa na qual os sensores dos relés de proteção estão programados para atuar.

Por isso a Hydroscheduling 2025, promovida pela FGV EMAp, discutirá justamente temas cruciais como a estabilidade da rede elétrica, um desafio crescente com a introdução de fontes intermitentes. Quando há variações bruscas na geração de energia, como quedas por nebulosidade ou picos por ventos fortes, a frequência da rede pode sair dos 60 Hz ideais, comprometendo a operação segura do sistema. Nesse cenário, as usinas hidrelétricas se mostram fundamentais, pois oferecem uma geração estável e controlável, essencial para equilibrar essas oscilações e garantir a confiabilidade do fornecimento elétrico.

Portal FGV-

A Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV EMAp) realizará, entre os dias 26 e 28 de maio, no Centro Cultural da FGV, 8th International Conference on Hydropower Scheduling in Competitive Electricity Markets – Hydroscheduling 2025 (8ª Conferência Internacional sobre Programação Hidrelétrica em Mercados Competitivos de Energia Elétrica). Esta edição, a primeira no Brasil, dará ênfase especial para os desafios ambientais, a integração de novos elementos à rede elétrica, o aprendizado de máquina e técnicas de otimização.

Seguindo a tradição de todas as edições anteriores, a conferência reunirá acadêmicos, profissionais e pesquisadores em Energia, especialmente em Geração de Energia Hidrelétrica, para apresentar os últimos resultados de pesquisas, desenvolvimentos em andamento, melhores práticas e aplicações relacionadas ao complexo ambiente de planejamento e operação de usinas hidrelétricas e áreas correlatas.

A conferência abordará diversos tópicos relacionados ao planejamento e operação de usinas hidrelétricas, com atenção especial aos desafios ambientais, integração de novos elementos à rede elétrica (por exemplo, armazenamento de energia, resposta à demanda, hidrogênio verde), aprendizado de máquina e técnicas de otimização. As palestras irão abordar: a operação de usinas hidrelétricas em sistemas de energia descarbonizados; a integração de novos elementos à Rede Energética; os desafios ambientais e múltiplos usos da água no planejamento hidrelétrico; os avanços computacionais e metodológicos na programação hidrelétrica; técnicas de aprendizado de máquina e otimização aplicadas ao planejamento da operação de sistemas hidrelétricos; experiências práticas e melhores práticas; planejamento de investimentos e expansão em sistemas dominados por energia hidrelétrica; valor da digitalização e novas medições na para sistemas hidrelétricos; aplicação de modelos hidrológicos para previsão e operação hídrica; e gestão de riscos na programação da operação de usinas hidrelétricas.

A Conferência contará com os seguintes painelistas: Alexandre Zucarato, do ONS (Brasil); Andy Philpott, University of Auckland & EPOC (Nova Zelândia); Claudia Sagastizabal, UNICAMP (Brasil); Cristiane Cruz, CEPEL (Brasil); Edson Silva, Jirau Energia (Brasil); Erlon Finardi, UFSC (Brasil); Joachim Dahl Jensen, Statkraft (Noruega); Juan Ignacio Pérez-Díaz, Universidad Politécnica de Madrid, (Espanha); Hans Ivar Skjelbred, SINTEF Energy Research, (Noruega); Mario Veiga Pereira, PSR (Brasil); Rodrigo Fuentes, Gurobi Optimization (Estados Unidos); Vitor de Matos, Norus (Brasil).

O workshop é destinado a pesquisadores, acadêmicos, desenvolvedores de software, operadores, gestores e especialistas do setor elétrico que estão envolvidos, de uma forma ou outra, no planejamento e programação de usinas hidrelétricas e sua interação com os mercados de energia elétrica. Desta forma, o evento atrai profissionais de diversas áreas de conhecimento, como energia elétrica, engenharia civil (recursos hídricos), engenharia de produção (pesquisa Operacional), matemática aplicada, engenharia de sistemas e estatística.

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