Gêmeo digital e IA: Temon Serviços adota escaneamento 3D de ambientes na gestão de grandes empreendimentos comerciais de São Paulo; veja vídeo

A empresa testou com sucesso o Projeto Onview, uma solução de visualização 3D que consiste no escaneamento dos ambientes em 360º, combinando fotos de alta resolução com sensores de profundidade, criando modelos 3D interativos. Em poucos minutos, é possível transformar espaços físicos em gêmeos digitais precisos, prontos para navegação e medição online.

Com o empreendimento escaneado, é possível visualizar seu gêmeo digital por meio de óculos de tecnologia imersiva, como Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV), permitindo a realização de treinamentos e simulações em um ambiente seguro e interativo. O modelo permite caminhar virtualmente pelo prédio, visualizar o histórico dos equipamentos, abrir chamados diretamente no ambiente digital e otimizar o uso dos espaços.

A nova tecnologia se integra ao Sistemon, software exclusivo da Temon Serviços, o único do país desenvolvido especialmente para a operação e manutenção de empreendimentos de alta complexidade.

“Com a solução de visualização 3D integrada ao CMMS Sistemon, é possível fazer uma navegação imersiva pelos modelos digitais dos edifícios, facilitando a manutenção e a operação. Podemos acessar o histórico de equipamentos, registrar chamados em tempo real e planejar de forma mais eficiente a ocupação dos espaços”, explica Gustavo Noan, gerente de engenharia da Temon Serviços.

Segundo ele, o uso dos chamados “Gêmeos Digitais” — representações virtuais dos edifícios — representa um novo salto tecnológico no setor, com ganhos expressivos em eficiência e sustentabilidade. Em breve, o sistema também permitirá a integração total com soluções de IoT (internet das coisas).

A tecnologia já está sendo aplicada em um edifício na Vila Leopoldina, em São Paulo, região onde a Temon detém a liderança na gestão de prédios classe A. “Nosso objetivo é expandir o uso para seis edifícios desse perfil até o fim de 2025. O potencial ainda está subutilizado. Com modelos menores e específicos, podemos alcançar uma gestão predial verdadeiramente autônoma e inteligente”, afirma Noan.

O engenheiro destaca ainda a tendência dos edifícios se tornarem “memórias vivas”: com o apoio da IA, os prédios poderão “lembrar” todas as intervenções feitas — da troca de uma lâmpada a padrões de consumo e uso dos ambientes. Cada edifício poderá ter seu próprio modelo de  inteligência artificial embarcada, aprendendo continuamente com seus dados operacionais.

Um exemplo que ilustra bem essa visão é a Woven City, no Japão. Projetada como um laboratório vivo, a cidade foi criada para testar e integrar tecnologias emergentes como veículos autônomos, robôs, casas conectadas e IA aplicada à gestão urbana.

“É um modelo que antecipa como edifícios e cidades podem se tornar organismos inteligentes, aprendendo com seus próprios indicadores. Podemos imaginar um futuro em que os prédios operem como organismos vivos, com inteligência artificial autônoma, sensores ubíquos (presentes em todos os lugares ao mesmo tempo) e até metamateriais capazes de regular temperatura e acústica de forma dinâmica”, conclui Noan. A tendência foi debatida em um dos maiores eventos de inovação do mundo, o SXSW 2025, em Austin (EUA), do qual a Temon Serviços participou, em março.