Brasil pode abastecer o mundo com MCEs sustentáveis e com desenvolvimento socioambiental

Brasil pode abastecer o mundo com MCEs sustentáveis e com desenvolvimento socioambiental

  • Estas são imensas vantagens para atrair investimentos na produção de minerais críticos e estratégicos (MCEs) no Brasil, afirmou o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, em evento internacional, em Londres.
  • Ele também destacou as qualidades da indústria da mineração para desenvolver soluções globais de enfrentamento à mudança climática.

Sem conflitos geopolíticos, com boas práticas ESG e políticas rígidas de segurança e responsabilidade ambiental, a mineração do Brasil surge como foco para investimentos internacionais, de modo a atender à crescente demanda global pelos minerais críticos e estratégicos (MCEs) para diversas finalidades, entre as quais a transição energética, uma das principais armas para combater a mudança climática. “O Brasil pode abastecer o mundo com minerais críticos e estratégicos sustentáveis, com desenvolvimento socioambiental. Estas são imensas vantagens para se investir no Brasil”, afirmou Raul Jungmann, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), nesta 2ª feira (23/6).

Jungmann demonstrou preocupação em relação ao lançamento, pelos líderes do G7, de um ‘Plano de Ação para Minerais Críticos’, voltado a fortalecer as cadeias globais de suprimento desses recursos estratégicos. O dirigente do IBRAM entende que esta ação reflete a elevada preocupação dos países em assegurar acesso aos MCEs, porém, diz esperar que essa política não resulte em situações que possam ser interpretadas como ‘neocolonialismo’ de nações desenvolvidas em relação a países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Entre as iniciativas divulgadas pelo G7 estão: roteiro para promover mercados padronizados para minerais críticos, com critérios mínimos sobre boas práticas ambientais, trabalhistas e de governança; aumentar investimentos em projetos de mineração e processamento dentro e fora dos países do G7, inclusive com apoio a nações em desenvolvimento.

Brasil pode abastecer o mundo com MCEs sustentáveis e com desenvolvimento socioambiental
Para Raul Jungmann, Brasil pode abastecer o mundo com MCEs sustentáveis e com desenvolvimento socioambiental.

IBRAM na London Climate Action Week 2025

Raul Jungmann foi um dos palestrantes do “Dia do Brasil” da London Climate Action Week 2025 / Semana de Ação Climática de Londres 2025. Em sua palestra, Jungmann justificou seu posicionamento: com reservas de MCEs vitais para tecnologias limpas e relações diplomáticas privilegiadas, o Brasil está pronto a se candidatar a liderar cadeias sustentáveis de suprimentos.

O evento é organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e pela Chatham House. O CEBRI é um think tank independente e sem fins lucrativos, fundado em 1998, para promover estudos e debates sobre a política externa brasileira e as relações internacionais, em geral. A Chatham House, oficialmente conhecida como Royal Institute of International Affairs, é um centro de estudos e think tank independente. Fundada em 1920, é uma das instituições mais influentes do mundo na análise de políticas internacionais, relações globais e questões estratégicas.

Brasil como ponte geopolítica na transição energética

Jungmann participou da sessão “Construindo Cadeias Sustentáveis de Suprimentos para Materiais Críticos”, moderada por Patrick Schroeder (Chatham House).

Riscos globais e oportunidade brasileira

Com certificações ESG sólidas, o Brasil pode substituir esses fornecedores de alto risco, oferecendo mineração ativa com boas práticas ESG, de modo responsável, seguro e sustentável”.

Cooperação internacional para estimular produção mineral

Como anfitrião da COP30, o Brasil pode mediar diálogos entre economias avançadas e nações em desenvolvimento. Para Jungmann, a partir da cooperação internacional e de medidas internas nos países produtores de minérios, novas cadeias industriais de beneficiamento de minerais podem surgir e se firmar no cenário global, diante da necessidade e da oportunidade de transformar reservas de lítio, níquel e terras raras em produtos de alto valor.

“Brasil precisa de rumo para expandir produção de minérios”

Se o Brasil tem potencial para suprir o mundo com minerais críticos e estratégicos, Jungmann disse que para transformar esse potencial em produção efetiva são necessários muitos investimentos e garantia de desenvolvimento amplo do setor mineral, com foco em ir além do mero fornecimento de matéria-prima. Para isso ocorrer, disse, “o país precisa de uma política de Estado, de um rumo para orientar tanto a produção quanto seu escoamento, seu beneficiamento industrial e comercialização aos diversos mercados”. Por representar empresas responsáveis por mais de 85% da produção nacional, o IBRAM tem atuado como um dos articuladores para promover a concepção dessa política pública, com envolvimento do setor privado, do governo e do parlamento, além de outras nações.

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