Geomembranas têm auxiliado agricultores contra as secas

Geomembranas têm auxiliado agricultores contra as secas

Último ano registrou a seca mais abrangente em 70 anos, afetando um total de 5 milhões de km2 – cerca de 58% de todo o território nacional

Geomembranas têm auxiliado agricultores contra as secas

 Em tempos de secas cada vez mais frequentes e intensas, a segurança hídrica, com a implementação de projetos de irrigação e de reservatórios de água nas propriedades rurais, passou a ser questão decisiva para uma boa safra de grãos. Neste contexto, as geomembranas têm auxiliado os agricultores contra as secas.

 Em 2024, por exemplo, foi registrada a seca mais abrangente em 70 anos, afetando um total de 5 milhões de km2 – cerca de 58% de todo o território nacional –, conforme constatou o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Apesar disso, a maior parte da produção agrícola no Brasil é baseada em sistemas de sequeiro – ou seja, dependem da chuva. As áreas de agricultura irrigadas atingiram no ano passado um total de 9,2 milhões de hectares, considerando-se todas as formas de irrigação (gotejamento e pivô central, por exemplo).

Esse cenário vem alertando os produtores rurais, principalmente os que atuam em regiões produtoras de grãos do Norte e Nordeste do país, de infraestruturas de irrigação e reservatórios de água.

“Com o uso da geomembrana, os produtores rurais conseguem ampliar em até três vezes a produtividade do agronegócio em áreas em que a água é um recurso mais escasso”, afirma Pollyanna Penido, diretora Comercial da Lonax – Indústria Brasileira de Lonas, empresa que oferece soluções em lonas plásticas, geomembranas e silo bolsa. A Lonax é líder no nicho de comercialização de geomembranas para reservatórios e sistemas de irrigação no Brasil.

Área irrigada no Brasil tem imenso potencial de crescimento

A área irrigada brasileira corresponde a apenas 2,6% da área de agricultura que conta com irrigação no planeta, apesar de o Brasil dispor de 12% das águas superficiais e dos maiores aquíferos, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO),

Por isso, a gestão dos recursos hídricos ganha importância decisiva para os agricultores, sobretudo em áreas do Centro-Norte do país, onde as condições de clima e solo já representam, normalmente, desafios para a atividade agrícola. Nesse contexto, a Geomembrana se apresenta como uma ferramenta eficaz para garantir a oferta de água, permitindo a expansão do uso de reservatórios e sistemas de irrigação nas lavouras em regiões de grande produção, como o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), e, com isso, assegurando o aumento da produtividade de culturas como a soja e o milho.

Pollyanna Penido acrescenta que o uso das geomembranas em reservatórios e sistemas de irrigação praticamente elimina a dependência da sazonalidade das chuvas – uma vantagem considerável, diante dos padrões irregulares de precipitação provocados pelas mudanças climáticas. “É como se os produtores rurais tivessem em suas mãos o poder de fazer chover em suas propriedades”, explica. Contando com segurança hídrica, o produtor dispõe de maior economia operacional e previsibilidade produtiva, acrescenta.

A geomembrana evita a perda de água por infiltração – um fator crítico em solos arenosos, como o de regiões produtoras do Norte e Nordeste. O uso da geomembrana também permite uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos nas propriedades rurais, possibilitando, por exemplo, o bombeamento de água em horários de menor custo de energia, entre outras possibilidades.

A Geomembrana Lonax é um revestimento impermeável de alta resistência, concebido para a proteção e impermeabilização de reservatórios e canais por onde é transportada a água. O material utilizado em sua produção é o polietileno de alta densidade (PEAD) ou baixa densidade linear (PEBDL), garantindo durabilidade, resistência química e proteção ambiental.

Proporciona, ainda, ao produtor rural maior eficiência na gestão dos recursos hídricos que outras opções adotadas para a construção de reservatórios e canais de irrigação. A compactação do solo, por exemplo, método mais tradicional, não elimina os elevados níveis de perdas por infiltração e é inviável em solos arenosos. O uso do concreto na construção de reservatórios e canais, por sua vez, é uma alternativa cara e suscetível a perdas provocadas por fissuras.

Pollyanna Penido considera que o mercado de geomembranas para a agricultura ainda é embrionário e deverá se manter em expansão como reflexo da intensificação e ampliação dos períodos de seca decorrentes do aquecimento global. Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) realizado com base em 60 anos de dados climáticos no Brasil apontou que o número de ondas de calor no país aumentou mais de quatro vezes nos últimos 30 anos. O trabalho também constatou que houve queda na taxa média de precipitação, com variações negativas de 10% a 40% no Nordeste, Sudeste e na região central do Brasil

A diretora Comercial da Lonax explica que ainda há espaço para uma maior disseminação do uso de geomembranas para que o Brasil se equipare aos Estados Unidos, Canadá e Austrália no uso desse recurso. Levantamento realizado pela empresa de consultoria e inteligência em negócios Mordor Intelligence aponta que o mercado global de geomembranas, abrangendo o uso no agronegócio e em outros segmentos, como a construção civil, movimentou US$ 2,45 bilhões em 2024. E continua em crescimento: a previsão é atingir, até 2029, um faturamento global de US$ 3,38 bilhões.

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