Inventário inédito confirma que indústria da mineração responde por apenas 0,55% das emissões de GEE

 

Inventário inédito confirma que indústria da mineração responde por apenas 0,55% das emissões de GEE

Inventário inédito confirma que indústria da mineração responde por apenas 0,55% das emissões de GEE

  • A indústria em geral é responsável por 3% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, e, desses 3%, apenas 18% são oriundas do setor mineral, aponta Inventário de Emissões de GEE do Setor Mineral 2024, lançado nesta 3ª feira (28) pelo IBRAM.
  • GEE provenientes da queima de combustíveis fósseis constituem as maiores emissões na mineração. Em resposta, setor promove substituição gradual por fontes de energia renovável.

Inventário inédito confirma que indústria da mineração responde por apenas 0,55% das emissões de GEE

A indústria da mineração é um dos setores econômicos que apresentam as mais baixas emissões de gases de efeito estufa (GEE) do país: apenas 0,55% das emissões no Brasil ou 12,77 MtCO2e (milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente). É o que aponta o Inventário de Emissões de GEE do Setor Mineral 2024. A queima de combustíveis fósseis, em especial o óleo diesel, é responsável pela maior parte (59%) das emissões. Em seguida, estão as atividades de mudança do uso do solo (14%). O dióxido de carbono, CO2, é o gás predominante, com 85% do total de emissões do setor. O inventário foi divulgado nesta 3ª feira (28/5), pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em Brasília.

De acordo com o inventário do IBRAM, que tem por base o ano de 2022, as emissões de Escopo 1 (emissões diretas) totalizam 11,29 milhões de tCO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente), representando 88% do total do inventário. As emissões de Escopo 2 (indiretas, pela compra de energia elétrica) somam 1,47 milhão de tCO2e. O volume de GEE emitido pelo Brasil quando consideramos todos os setores está situado na casa dos bilhões de toneladas: 2.319,08 MtCO2e. Desse total, a indústria é responsável por apenas 3% das emissões ou 70,08 milhões de toneladas de CO2 equivalente, e, desses 3%, apenas 18% são oriundas do setor mineral.

Inventário inédito confirma que indústria da mineração responde por apenas 0,55% das emissões de GEE

Segundo Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM, embora o setor mineral seja comprovadamente baixo emissor, “não estamos satisfeitos com esse resultado. Nosso objetivo é chegar a 2030 ou 2040 a meta de zero carbono. É o que temos a perseguir”, afirmou ao apresentar o inventário, na sede do IBRAM. O diretor-geral da Agência Nacional de Mineração, Mauro Souza, elogiou a iniciativa do Instituto em elaborar o inventário. Esta, disse, é mais uma contribuição técnica do IBRAM, que se mantém um diálogo mais próximo com a área ambiental. Também participaram da solenidade a diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável do Ministério de Minas e Energia, Ana Paula Bittencourt, a ex-senadora Kátia Abreu, além de gestores e dirigentes de mineradoras, jornalistas, entre outros convidados.

Agenda ESG da Mineração do Brasil – Os cálculos do inventário levam em conta dados das mineradoras e do estudo “Análise das emissões de gases de efeito estufa e suas implicações para as metas climáticas do Brasil 1970-2022”, do Observatório do Clima. Mesmo sendo de baixa emissão, na comparação com outros segmentos econômicos – como outras indústrias, setor de energia, agropecuária etc. – a indústria mineral, liderada pelo IBRAM, firmou um pacto com a sociedade por meio da Agenda ESG da Mineração do Brasil, a partir de 2019. Esta Agenda contém planos de ação para as empresas associadas ao Instituto (responsáveis por mais de 85% da produção nacional de minérios) aprimorarem seus indicadores de sustentabilidade, entre os quais, cumprir metas audaciosas de redução de suas emissões.

O inventário é um dos instrumentos previstos na Agenda. Ele servirá de estímulo para mais mineradoras reportarem suas emissões, segundo Raul Jungmann. “São compromissos voltados a diagnosticar emissões e permitir que sejam estabelecidas metas e iniciativas para descarbonizar operações, providências que o IBRAM e as associadas consideram incontornáveis e inadiáveis”, diz.

Ele afirma que a indústria da mineração registra avanços para diminuir significativamente as emissões. Entre as principais medidas em andamento está a de intensificar a substituição de fontes de energia fósseis por fontes renováveis; a promoção da economia circular; renovar processos produtivos via inovação tecnológica intensiva.

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