BOLETIM ABM Week 2023 – DIAS 2 e 3

BOLETIM ABM Week 2023 – DIAS 2 e 3

BOLETIM ABM Week 2023 - DIAS 2 e 3

ABM Week – Dia 2, 02/08/2023

Manhã 

Painel: Descarbonização e a indústria do alumínio – posicionamento do Brasil e boas práticas

Para discutir sobre a descarbonização da indústria de alumínio brasileira, o segundo dia de evento da ABM Week reuniu dirigentes das principais siderúrgicas do país em um painel que apresentou o posicionamento da indústria deste setor frente ao cenário mundial de descarbonização e apresentou oportunidades para a evolução do tema no país.

Leandro Campos de Faria, Gerente Geral de Sustentabilidade da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), participou como palestrante do painel e apresentou as iniciativas da CBA relacionadas à agenda ESG. Com 82% de sua matriz energética oriunda de fonte renovável, e trabalhando para reduzir os outros 18%, a companhia tem a meta de reduzir em 40% a emissão de CO2 e ser zero carbono até 2050. “Sustentabilidade é parte central da nossa estratégia na CBA. Nós temos uma governança robusta, de vanguarda, com comitê de assessoramento para decisões estratégicas, de onde nascem nossas ações de sustentabilidade”, afirma o gerente de sustentabilidade.

Paulo André Pionti, Gerente Comercial da Norsk Hydro, participou do painel para abordar o potencial da reciclagem como ferramenta útil para a descarbonização. Líder mundial em energia renovável e alumínio, com 140 plantas em 40 países, Pionti afirma que o consumo energético e os recursos naturais são grandes preocupações da companhia. Segundo o gerente comercial, a empresa entende a reciclagem uma forma de reduzir consideravelmente a emissão de CO2 em sua operação, já que assumiu a meta estabelecida no Acordo de Paris para ser carbono zero até 2050.

BOLETIM ABM Week 2023 - DIAS 2 e 3

Mesa-redonda: Descarbonização e Otimização Energética nas Aciarias

Com o objetivo de discutir a ampliação da agenda da descarbonização e otimização energética para toda a cadeia produtiva da indústria siderúrgica, a mesa-redonda abordou a importância da transição energética também para os processos de aciarias, que transformam o ferro gusa com sucata em aço.

Em sua fala, Lucas Kling e Silva, Business Development Manager da Energy Transition da Aperam, abriu o debate da mesa-redonda e reforçou que a companhia se compromete com KPIs específicos para redução de 30% da emissão de CO2 e de 40% do uso de água até 2030. Segundo Kling, “a mudança climática é real e precisamos agir sobre ela. Para podermos contribuir como indústria, é preciso mudar o nosso modelo de negócio, educando o mercado e suportando as indústrias satélites a nossa para a descarbonização. Precisamos mudar porque é o correto a se fazer, não podemos só querer ser verde, tem que haver ações concretas e auditáveis. Não podemos deixar o greenwashing destruir trabalhos sérios na área”, afirmou.

Frederico Machado Jr, Gerente Técnico da Gerdau, apresentou os caminhos traçados pela empresa para colocar em prática os processos de descarbonização. Em 2019, a empresa criou o Comitê de Estratégia e Sustentabilidade para nortear os investimentos a serem feitos para sustentabilidade. Segundo Machado, “a Gerdau é a indústria siderúrgica que menos emite CO2, já que tem a média de 0,93 toneladas de CO2 a cada 1 tonelada de aço produzido, enquanto a média do mundo é 1,9 tonelada de CO2 a cada tonelada de aço. Somos também a maior recicladora de sucata das américas, com a reciclagem de 11 milhões de toneladas de sucata por ano, além de sermos a maior produtora de carvão vegetal do planeta, com 250 mil hectares plantados”, disse o gerente técnico da Gerdau.

Tarde

Plenária: Desafios na formação e retenção de engenheiros para o setor minerometalúrgico

“Temos muito que aprender com a indústria de tecnologia, que já nasceu brigando com a escassez de talentos”, foi o convite à reflexão proposto por Gabriela Oliveira Martins Japur, líder nacional de aquisição de talentos da Gerdau, empresa patrocinadora da Plenária de Siderurgia, que debateu os desafios na formação e retenção de engenheiros para o setor minerometalúrgico. “Não é uma equação fácil e a gente não vai resolver com uma ação. Precisamos trabalhar de forma conjunta para atrair e reter esses jovens no mercado”, completou.

Durante o evento, representantes da indústria e da universidade discorreram sobre as consequências e as possíveis soluções frente ao cenário atual de escassez de procura por carreiras na área de engenharia Metalúrgica e de Minas ocasionando o fechamento de cursos, principalmente em escolas privadas, e a falta de preenchimento de vagas nas empresas, ou sua ocupação por profissionais de outras modalidades.

“A colaboração entre indústria e universidade é bem-vinda dos dois lados. A indústria levando os problemas para a academia e esta trazendo inovação”, sugeriu Ivani Silveira, diretora sênior de Recursos Humanos da Ternium. “O link entre universidade e indústria é necessário e importante, e educação é a força motriz para mudar o Brasil”, complementou o professor Guilherme Frederico Bernando Lenz e Silva, do Departamento de Engenharia Metalúrgica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

Posicionamento unânime entre os palestrantes na plenária foi o investimento em ensino técnico. “Hoje, no Brasil, só 8% dos alunos se formam em ensino técnico”, ilustrou Silveira. Sobre o assunto, Japur falou sobre o lançamento em 2024 de um programa da Gerdau. “Ano que vem iremos lançar um programa junto às comunidades em que estamos alocados e trabalhar junto ao ensino médio, investindo em curso técnico para, assim, aumentar o número de vagas de estagiários em ensino técnico”, revelou.

ABM Week – Dia 3, 03/08/2023

Manhã

Painel: Aspectos técnico-econômicos da descarbonização da siderurgia brasileira

Para discutir o cenário atual da emissão de CO2 pela indústria siderúrgica no Brasil, bem como analisar planos para a amenização dos efeitos no meio ambiente, o último dia da ABM Week reuniu especialistas representantes da Vale, Vallourec Florestal, SMS Group e Instituto Aço Brasil para discutirem sobre o assunto no painel “Aspectos técnico-econômicos da descarbonização da siderurgia brasileira”.

Cristina Yuan, Diretora de Assuntos Institucionais do Instituto Aço Brasil, abordou possíveis soluções para o início da transformação rumo a uma siderurgia mais sustentável. Segundo Yuan, “para acelerar nosso processo de descarbonização, precisamos de uma linha de financiamento para enfrentarmos os impactos da transição energética, além de fundo perdido destinado para instituições de pesquisa para estudos no setor, e uma maior oferta de gás natural a preços mais competitivos”, afirma a diretora, que pontuou a disparidade na tarifa do gás natural no Brasil em relação ao mundo.

Durante o painel, a nova era tecnológica na produção de carvão vegetal foi tema da fala de André Dezanet, General Manager da Vallourec Florestal, que apresentou a Carboval, tecnologia de carbonização contínua desenvolvida pela Vallourec e 100% brasileira. A técnica aumenta a eficiência do processo e o aproveitamento dos subprodutos da carbonização da madeira, reduzindo a emissão de CO2 por meio da utilização do carvão vegetal em substituição a combustíveis fósseis em operações siderúrgicas, além de ter zero emissão de metano, gás do efeito estufa.

Mesa-redonda: Soluções para aumento de vida útil de ferramentas: avanços e perspectivas

A área de ferramentaria ocupa um lugar importante no setor minero-metalúrgico e de materiais, no Brasil. Este segmento vive um momento decisivo no que concerne ao desenvolvimento de pesquisa e tecnologia para produção de itens mais resistentes, fabricados por novos processos e que aumentam a vida útil das peças. Isso representa para o setor uma expressiva economia e outros tipos de benefícios.

Coordenada pelos professores Giuseppe Pintaude e Ana Paola Villalva Braga, a mesa-redonda contou com a participação de executivos engajados na missão de transformar positivamente a produção de ferramentas. Cristiane Sales Gonçalves, especialista em engenharia de aplicação da Villares Metals, ressaltou a relevância desse movimento de pesquisa e desenvolvimento para o setor automobilístico, principal consumidor de ferramentas. “Na fabricação de um automóvel, são usadas mais de 2.300 ferramentas diferentes. Aprimorar a fabricação desse maquinário implica em melhorar e contribuir com toda uma cadeia, que inclui montadoras e o consumidor final de automóveis”, destacou Cristiane.

Outro integrante desenvolvedor foi a Oerlikon Balzers, com a participação de Rafael Lopes da Silva. E o painel contou ainda com as empresas fabricantes, como a Bruning Tecnometal, que levou à mesa a participação de Diego Tolotti de Almeida, especialista de pesquisa. A mesa foi encerrada com a participação de Marcelo José de Lima, especialista em ferramentas da STIHL. Os especialistas apresentaram diferentes frentes de inovações e novos processos, que surgem como novas promessas para o desenvolvimento de ferramentaria, tais como a metalurgia do pó (elaborada a partir de pós metálicos) e a manufatura aditiva, comentada pelos participantes como “o novo grafeno” da área de metalurgia e materiais.

Mais informações: https://www.abmbrasil.com.br/por/evento/abm-week-7-edicao

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