Centro de Memória Bunge relembra uso do algodão nos primórdios da Bunge no Brasil

Produtor rural em plantação de algodão. Brasil, São Paulo, Barretos; Olavo Esteves, Diários Associados; Anos 1950. Acervo Centro de Memória Bunge.

Matéria-prima foi primordial para o País na década de 1920.

São Paulo, 9 de julho de 2020 – No próximo sábado, 11 de julho, é celebrado o Dia do Algodão e o Centro de Memória Bunge, referência no Brasil na área de preservação da memória empresarial, relembra a importância dessa matéria-prima a partir dos registros em cartas de João Ugliengo, diretor do Moinho Santista, uma das empresas da Bunge, do início da década de 1920.

Ainda hoje, algodão é um dos produtos principais para o País, que se destaca no cenário internacional como um dos cinco maiores produtores mundiais ao lado da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Mas essa matéria-prima teve papel crucial no início da história da Bunge no Brasil e no começo da industrialização brasileira.

A empresa, que chegou ao Brasil em 1905, iniciou uma rápida expansão no País com diversas aquisições. Entre elas, a da moagem de trigo em Santos (SP) que, dois anos depois, se tornaria o Moinho Santista, a primeira unidade moageira da Bunge. Erguida no Porto de Santos com a finalidade de comercializar farinhas, farelos, além das atividades de moagem de trigo e da fabricação de massas e congêneres, desde a inauguração, o local foi marcado por diversas melhorias tecnológicas, principalmente em relação a geração de energia elétrica do local.

Descarregamento do Óleo Salada. São Paulo, anos 1930. Gama Foto Tecno Estudio. Acervo Centro de Memória Bunge.


Anos depois, já na década de 1920, João Ugliengo começou a estudar e observar o algodão e as possibilidades do produto para os negócios da empresa. O interesse pela matéria-prima abrangia tanto o uso da fibra, para produzir fios e tecidos, quanto da semente, para os óleos vegetais. Nesta época, Ugliengo entrou em contato com Alfredo Hirsch, diretor da empresa na Argentina, sobre os maquinários indispensáveis para montar uma fábrica que correspondesse às necessidades de processar o algodão.

Após planos e orçamentos descritos em cartas entre os diretores em 1927, o diretor brasileiro confirmou a compra de máquinas de refino de óleo e, no ano seguinte, os maquinários já estavam em posse do Moinho Santista. Em 1929, era lançado ao mercado o óleo Salada, produzido na fábrica em que o diretor estudava desde o início da década. Ainda no mesmo ano, foi oficializado a constituição da Fábrica de Tecidos Tatuapé, dando origem à Santista Têxtil. Os dois ramos industriais, como previsto, desenvolveram-se amplamente e fizeram do algodão um setor-chave da cadeia produtiva da Bunge no Brasil.

Essas e outras informações sobre a história do Moinho Santista e do algodão no Brasil podem ser encontradas no acervo do Centro de Memória Bunge, que preserva os mais de 100 anos de história da Bunge no Brasil. Todo acervo está disponível para consulta e visitação, após o fim do isolamento, mediante agendamento.

(Fonte:Assessoria de imprensa)

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