Mercado de máquinas deve manter curva de crescimento até 2026

Mercado de máquinas deve manter curva de crescimento até 2026

Mercado de máquinas deve manter curva de crescimento até 2026

As perspectivas para o mercado de equipamentos são positivas até 2026. Para 57% construtoras, locadoras, empresas de serviços e dealers entrevistados para a elaboração do inédito Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, o setor continuará crescendo em 2025. Esse percentual é ainda maior para 2026, chegando a 66%.

“Esses dados mostram que a maioria das empresas avalia que o mercado tende a aumentar no período. E esse crescimento é muito bom para o setor”, afirmou Mario Miranda, coordenador do Estudo de Mercado, durante o 19º Tendências no Mercado da Construção, evento da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), acompanhado por mais de 2 mil profissionais do setor.

Ele acrescentou que 90% construtoras, locadoras e serviços apontaram que o volume de negócios até setembro de 2024 está melhor ou igual a 2023. “Porém, 71% das empresas entrevistadas informaram haver atingido as metas planejadas”, ponderou. Para 65% dos dealers, o mercado será estável ou irá crescer até o final do ano.  O levantamento releva ainda que 64% dos empresários respondentes da pesquisa estão otimistas para o setor da construção em 2025.

Mercado de máquinas deve manter curva de crescimento até 2026

O Estudo de Mercado aponta para crescimento de 9% nas vendas totais de máquinas para construção em 2024 em comparação a 2023, alcançando 58,2 mil unidades comercializadas neste ano contra 53,5 mil unidades no ano anterior. Na linha amarela, a alta estimada é 14%, alcançado 36,6 mil unidades vendidas neste ano contra quase 32,3 mil unidades comercializadas em 2023.

Os setores mais relevantes para o mercado de máquinas neste ano são a locação, construção pesada e agronegócio. Em termos de vendas, os dois segmentos com maior Market Share – construção (42%) e a locação (23%) – somam 65%. “Desde 2021, esses dois setores assumiram o protagonismo, respondendo por 63% da comercialização de máquinas. Mas ainda há espaço para crescer”, afirmou Miranda.

Corroborando com a avaliação do coordenador do Estudo de Mercado, Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, ressaltou o potencial do mercado de locação de máquinas, que responde por um percentual importante em relação às vendas de algumas categorias de máquinas, como plataformas áreas (90% a 95%) e betoneiras (70% a 75%). Mencionou ainda que a queda do percentual de frota parada para 11% em 2024 – em 2023 era de 19% e em 2017, de 57% – reitera a crescente confiabilidade das construtoras pela locação de máquinas.

A MGM Rental deve crescer cerca de 10% neste ano, mesmo sendo um ano desafiador com alta de juros, e investiu aproximadamente R$ 50 milhões na aquisição de caminhões e de equipamentos de linha amarela, objetivando atender a demanda atual e futura. “Tivemos um bom segundo semestre, principalmente, com o aumento na demanda por obras de infraestrutura. Cada vez mais percebemos a credibilidade de nosso mercado para atender as demandas das construtoras, concessionárias”, disse Felipe Frazão, sócio-diretor da MGM Rental.

Ainda sobre o mercado de rental, Daniel e Frazão afirmaram que as margens mais apertadas e a entrada de novos players são grandes desafios, assim como a falta de mão de obra no setor. “Além da escassez, a qualificação também está baixa, por isso temos investido em treinamento e formação de capital humano para suprir as posições, pois não temos encontrado esses profissionais no mercado”, contou Frazão.

O Estudo da Sobratema apresenta também as principais preocupações para os empresários em 2024, sendo a principal a dificuldade: obter créditos para investir e os juros altos. O economista Luís Artur Nogueira salientou que se o governo fizer o ajuste fiscal, haverá condições para ancorar a expectativa inflacionária e, com isso, o Banco Central tem condições de cortar juros a partir do final de 2025.

Em termos de oportunidades, a primeira elencada pelos empresários foi infraestrutura. Para Nogueira, nos dois próximos anos há uma tendência de se ter mais obras públicas com o lançamento do PAC e até mesmo por ser os dois anos finais das atuais gestões estaduais e do governo federal. “Minha avaliação é que haverá também obras privadas, geradas pelas concessões passadas e por novas concessões.”, destacou. Ele também mencionou que existem outras oportunidades para o setor de máquinas, como a China impulsionando o setor de mineração, os lançamentos no mercado imobiliário e a retomada do agronegócio.

Outro dado relevante do levantamento é o financiamento utilizado pelas empresas adquirirem suas máquinas: 33% dos entrevistados utilizaram capital próprio, seguido por Finame, com 23% e CDC, com 19%. “Mesmo o Finame sendo mais complicado, é ainda mais barato e atraente, principalmente, quando o banco de fábrica se torna o agente desse recurso”, explicou Frazão.

De acordo com Daniel, a compra de equipamentos é motivada por três fatores: demanda direcionada, renovação frota e oportunidades de negócios. “Esse último é promovido pelo banco dos fabricantes, pelos dealers e pela própria indústria, e vem contribuindo bastante nesse aspecto”, pontuou.

Sobre o mercado de usados, Frazão analisou que a venda de caminhões em uso é mais fácil, pois é organizado e há a tabela FIPE. “Já no setor de máquinas não existe uma referência de mercado e o uso é mais restrito”. Nesse sentido, Daniel recordou o lançamento do Sobratema Shopping, neste ano, em abril. A plataforma inovadora conecta compradores e anunciantes de equipamentos usados, componentes, serviços, seguros, consultoria, entre outros, como uma forma de contribuir para organização do mercado de equipamentos usados.

Em sua mensagem de boas-vindas, Afonso Mamede, presidente da Sobratema, salientou que o evento, ao reunir especialistas, líderes e profissionais do setor, pretende criar um ambiente propício à troca de ideias, ao debate construtivo e à geração de soluções inovadoras que possam contribuir para o desenvolvimento contínuo do mercado. Ele também fez o convite para participar do BW Fórum, que acontece no dia 10 de dezembro, que abordará, entre outros temas, os combustíveis, a eficiência energética e a sustentabilidade.

19º Tendências no Mercado da Construção teve ainda a mensagem de Rolf Pickert, diretor geral da Messe Muenchen do Brasil, e os depoimentos de Paulo Torres, diretor executivo da Komatsu, e Thomas Spana, gerente de Marketing Brasil & LATAM da John Deere.

O evento é uma realização da Revista M&T e conta com o patrocínio da Armac, John Deere, Komatsu, JCB, New Holland, Sotreq, Case, Trimble e Unidas.

Para rever o Tendências do Mercado da Construção, basta acessar este link.

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