Mineração celebra criação da nota fiscal eletrônica para …

Mineração celebra criação da nota fiscal eletrônica para inibir transações do garimpo ilegal de ouro

Nota fiscal eletrônica valerá a partir de 3 de julho e era reivindicada pelo IBRAM e outras organizações preocupadas com negociações clandestinas de ouro, apontadas como financiadoras de uma série de crimes. Decisão está em instrução normativa da Receita Federal, publicada no Diário Oficial

Mineração celebra criação da nota fiscal eletrônica para inibir transações do garimpo ilegal de ouro

O secretário especial da Receita Federal do Brasil, Robinson Sakiyama Barreirinhas, fez publicar no Diário Oficial da União, em 29 de março, a instrução normativa nº 2.138, que obriga a emissão de “Nota Fiscal Eletrônica do Ouro Ativo Financeiro (NF-e Ouro Ativo Financeiro) destinada ao registro de operações com ouro, ativo financeiro ou instrumento cambial”. A prática passa a valer em 3 de julho próximo.

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), representando o setor empresarial, aliou-se a outras organizações, como o Instituto Escolhas, para articular junto ao Banco Central, à Receita, à Comissão de Valores Mobiliários, à Polícia Federal, entre outros, uma série de ações mais efetivas contra a cadeia criminosa oriunda do garimpo ilegal de ouro. Um dos pontos de debate foi justamente a criação da nota fiscal eletrônica para a comercialização de ouro. Isso porque as transações desse minério podem ser “registradas” por meio de declarações de próprio punho dos que vendem ouro – mesmo sem origem legal comprovada –, consideradas documentos fiscais pela legislação.

“Este é um avanço importantíssimo para evitar o fomento financeiro a atividades de garimpo ilegal de ouro, em regiões como a Amazônia. Essa prática ilegal de extração de minério está na base de uma série de ações criminosas contra pessoas, o meio ambiente e a economia do país. O setor mineral também sofre a concorrência desleal do garimpo ilegal, mas o motivo maior de celebrar esta decisão da Receita Federal e do Ministério da Fazenda é justamente reconhecer que o governo está disposto a acabar com a cadeia criminosa que denunciamos”, diz Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM.

Jungmann diz que há mais a fazer. Erradicar o garimpo ilegal exige, além de reprimir e expulsar as pessoas físicas e organizações envolvidas nessa prática criminosa, impedir acesso aos mercados interno e externo de ouro; responsabilizar criminalmente intermediadores e compradores; implantar sistemas eficazes de rastreamento e de certificação de origem do minério; mudar legislação e tributação relacionadas ao ouro no país; desenvolver atividades econômicas, sustentáveis e perenes, na região amazônica para gerar empregos e renda à população, de modo a tirá-las da “corrida do ouro ilegal”.

Saiba mais

Segundo dados da Agência Nacional de Mineração, em 2021, 20% do ouro brasileiro não teve origem declarada; em 2022 esse percentual era de 13,7% (valor estimado). Porém, estima-se que outros 30% a 50% do volume formal brasileiro possam estar sendo negociados sem identificação de origem, ou seja, algo entre 20 toneladas e 30 toneladas/ano. A informação é do Instituto Escolhas, para um acumulado de 2015 a 2020.

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