Presidente do IBRAM afirma que mineração é a base para a transição energética, na COP28
As oportunidades da mineração brasileira para proporcionar uma economia verde foram apresentadas pelo diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, nesta quarta-feira (6/12) na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP-28).
Raul Jungmann lembrou que a mineração é a indústria das indústrias, que gera matérias-primas para praticamente tudo o que é produzido no mundo, porém, segundo ele, é necessária uma percepção mais acurada sobre sua importância para promover a economia de baixo carbono. “Neste momento, estamos sendo punidos com o que se chama de “imposto do pecado”. Esse imposto, previsto na PEC 45 da reforma tributária, , que será votada na Câmara dos Deputados, vai contra essa evolução, pois se aplica àqueles bens com externalidades negativas como fumo, bebidas alcoólicas, e é uma medida voltada à redução do consumo. Mas, como a mineração seria inserida neste contexto, sendo que ela é a base para a evolução da transição energética? Este é um enorme problema para o Brasil”, indagou.
O presidente do IBRAM também sinalizou que além das questões regulatórias, o Brasil tem o desafio de conhecer melhor seu subsolo. “Em uma escala adequada de pesquisa mineral, que é 1:50.000, temos apenas cerca de 3% do território nacional mapeado. Este nível é muito baixo. Precisamos de investimentos para o Brasil avançar nessa janela de oportunidades que está por vir”, finalizou.
Também participaram do painel Marcelo Lyra, vice-presidente da Acelen, Viviana Coelho, gerente executiva de Mudança Climática da Petrobras, Caio Dafico, diretor de Investimento e Desenvolvimento de Negócios da Atvos e Danilo Maeda, consultor de Sustentabilidade e head da Beon ESG.